sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pregando para mulheres


Por Moises Alves
No mês passado um colega me perguntou: Moises, observei que você tem se aprofundado na discussão de uma leitura bíblica na perspectiva da mulher, por que? Disse a ele que estudar as mulheres da bíblia era maravilhoso e que precisamos urgentemente superar esse discurso teológico misógino que ainda continua sendo divulgado nas comunidades cristãs. Apresentei a ele meu entusiasmo em uma exegese que recuperasse o feminino nos textos bíblicos. Expus caso se tivesse interesse em se aprofundar no assunto, uma bibliografia básica de resultados de sérias pesquisas bíblicas a partir da perspectiva de mulheres. No entanto, depois de uns dez minutos de conversa o rapaz afirmou: “na verdade esse tipo de leitura da bíblia é liberal. Leitura bíblica na perspectiva de mulheres é coisa de feminista disfarçada de religiosa”. 
Sem entrar na discussão de pontos positivos e negativos do movimento feminista, até porque, este não é o assunto em voga aqui, mas fico pensando como o rebanho se tornou acrítico de sua própria realidade. Estabelecer uma exegese que leve em consideração a perspectiva de mulheres significa ser feminista? Por que se rotula tanto o pensamento? Talvez o problema seja mais sério, o machismo está impregnado de tal maneira em muitas comunidades cristãs, que falar de mulheres no púlpito se torna uma afronta, quase uma heresia, por isso toda temática que envolve mulheres é rotulada como discussão feminista. 
A mais de dez anos exerço a vocação da pregação, a maioria das Igreja que exponho meus sermões são pentecostais. Já algum tempo percebo que o público que ouve um sermão nas igrejas pentecostais é constituído, em grande parte, de mulheres. Atualmente, congrego na AD Belém, setor 65 e em nossa comunidade de fé são as mulheres o maior público em todos os cultos. Percebendo essa realidade indago: Será que é irrelevante uma leitura bíblica a partir da perspectiva de mulheres? E ainda mais: Será que homens e mulheres se comunicam da mesma forma? A bíblia é a mesma tanto para homens como para mulheres, mas será que a diferença entre sexo não influencia no olhar de uma situação bíblica? 
Particularmente, tenho me preocupado de que maneira as mulheres recebem os sermões que são pregados. Acredito na palavra de Deus, inclusive que as Sagradas Escrituras é o testemunho da revelação de Deus, mas também tenho conhecimento que o texto bíblico não nasceu do nada, existe nele uma cultura, localidade e história, os homens foram participantes na interpretação da palavra de Deus na história. A bíblia foi escrita em uma sociedade patriarcal, desta forma, a cultura patriarcal reflete nos textos bíblicos. Porém, se “ressuscitarmos” as mulheres da bíblia e fazermos uma leitura levando em consideração seus dramas e desafios, isso significa que somos liberais? Por que não levar na interpretação das Sagradas Escrituras as complexidades e desafios das mulheres? Também sua força, coragem e fé? Por que não pregar uma mensagem que edifique o coração das mulheres? Ora, pregamos sermões sobre os pais da fé, por que não pregar sobre as mães da fé? 
Na verdade, a maioria das mulheres querem apenas ouvir algo que sejam um pouco parecidos com elas, que faz parte do cotidiano delas e que as ajudem vencer as crises da vida. As mulheres desejam também ouvir o valor que elas têm e como as Escrituras se aplicam a vida delas. É interessante que em Gênesis 16.13, Agar chama o Senhor, “aquele que me vê”. Deus viu que ela estava em perigo e sofrimento, e tratou dela de forma especifica. 
Penso que o grito das mulheres nas igrejas evangélicas de hoje é o mesmo daquele de Agar: “me vê”. Pastores e pregadores olhem as mulheres, se até Jesus se preocupou com as mulheres de sua época, por que nós pregadores não falamos ao coração delas? Porém, penso que o problema não será totalmente resolvido apenas se os pastores e pregadores perceberem as mulheres que os ouve, mas deixa que elas falem por si mesmas suas dores e alegrias. Por que não abrir espaço para as mulheres nas ADs? Por que não incentivar as mulheres a pregarem? Por séculos elas tiveram que sentar para ouvir os homens, e por que agora não podemos sentar para ouvi-las? Fica as perguntas!

Um comentário:

  1. Eu quero aproveitar esta oportunidade. Tenho que agradecer muito ao Dr. Wealthy por ter recuperado meu ex-marido. Depois de 7 anos de casamento, meu marido me deixou por outra mulher. Fiz tudo o que pude para recuperá-lo, mas tudo o que fiz foi em vão. Fiquei triste, mas não perdi a esperança de tê-lo de volta porque tinha fé em Deus. Então eu pesquiso on-line sobre como recuperar meu marido, e me deparei com um post do Dr. Wealthy sobre como ele ajudou uma dama a recuperar seu ex, eu o contatei e contei a dor que estava passando, ele me contou o que fazer e eu fiz isso, então ele lançou um feitiço de amor para mim 48 horas depois meu marido me ligou e me disse que ele sente muito pelo que fez e que ele sente muito a minha falta, mais tarde ele voltou para casa e implorou por meu perdão, desde então nosso amor ficou mais forte. Para as coisas maravilhosas que o Dr. Wealthy fez por mim, seria injusto para mim não deixar o mundo inteiro saber que um feiticeiro tão poderoso vive. Se você quiser receber de volta seu e-mail ex rápido Dr. Wealthy em wealthylovespell@gmail.com ou adicioná-lo no WhatsApp +2348105150446

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